A tendência de “short friday”, traduzido como sexta-feira curta, é um meio de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores. É um benefício que as empresas oferecem a liberação antes que o usual nas sextas-feiras, aumentando a flexibilidade dos funcionários.
Os chefes podem variar a implementação da tendência uma vez por mês ou a cada 15 dias. O horário provável para a saída seria depois do almoço, às 15h ou às 16h; o que possibilitaria um tempo livre maior para todos.
Apesar de o benefício não exigir a compensação das horas não trabalhadas, há opções de equilibrar os horários com, por exemplo, a realização de reuniões extraordinárias. A Consolidação das Leis de Trabalho (CLT) apenas determina um horário máximo de horas semanais, totalizando 44 horas por semana, o que torna a tendência espontânea para a escolha dos empregadores.
O coordenador da Câmara Temática de RH do CRA-ES, Adm. Kleber Pereira Alves, diz que a estabilidade entre a flexibilidade e os conflitos se dá pela comunicação eficaz sobre a aplicação das políticas. Ele lembra que o encurtamento do expediente não é regulamentado e que é a empresa que estabelece as medidas operacionais – registradas por meio de um contrato.
“O horário de liberação nas sextas-feiras, a necessidade de compensação de horas, as áreas em que o benefício se aplica e se esta política será incluída formalmente nos contratos de trabalho. A decisão sobre esses aspectos pode depender de fatores como a natureza do trabalho, as demandas específicas do setor e a cultura organizacional”, cita Alves.
Vale lembrar que a companhia que adotar o ‘short friday’ não pode descontar as horas não trabalhadas em cima do salário dos trabalhadores. Alves, ainda, afirma que um dos benefícios para as organizações se refere à atração e retenção de talentos.
Os resultados do uso da tendência também são: o aumento da motivação, maior criatividade e redução da propensão a problemas de saúde – como burnouts. A agência de comunicação VCPR adota o benefício desde 2021 e a sócia da empresa, Ludmilla Amaral, que usam da ‘short friday’ em um acordo com a empresa.
“Sempre orientamos o time a não marcar reuniões na sexta-feira. A gente também pede para que organizem as demandas durante a semana, e dessa forma, consigam aproveitar bastante esse benefício que a gente oferece aqui na VCRP. Tem dado muito certo e a gente está muito feliz com o resultado”, esclarece Ludmilla.
Crédito: Adriana Mesquita | Repórter Rádio ADM.
Ana Clara de Lima | estagiária de jornalismo, sob supervisão | Assessoria de Comunicação CFA