SEGMENTOS EMPRESARIAIS
Segmentos empresariais
As profissões regulamentadas são criadas e normatizadas por Lei no Brasil com o intuito de garantir qualidade e zelo aos exercícios profissionais, cuja prática exige preparo técnico e intelectual, podendo trazer lesão e prejuízos de grande intensidade aos clientes e sociedade. Assim, ao regulamentar uma profissão, a legislação determina a habilitação necessária, bem como sua sujeição à disciplina do Estado.
O Conselho Regional de Administração é uma Autarquia Federal criada pela Lei 4.769/65 e seu regulamento aprovado pelo Decreto 61.934/67, com a missão de habilitar, fiscalizar e disciplinar o exercício da Administração no país, em atendimento ao dever de Estado contido no inciso XXIV do art. 21 da Constituição Federal.
De acordo com o art. 15 da Lei 4.769/65 serão registrados nos CRA’s as Empresas que pratiquem atividades de Administração sob qualquer forma.
Art. 15 Serão obrigatoriamente registrados nos CRAs as empresas, entidades e escritórios técnicos que explorem, sob qualquer forma, atividades de Administrador, enunciadas nos termos desta Lei.
A Administração é a ciência que estuda as práticas de gestão de organizações, visando o alcance de objetivos de todos os envolvidos, seja de instituições com ou sem fins lucrativos, sendo esta prática habilitada, fiscalizada e disciplinada pelo Sistema CFA/CRA’s.
A Gestão e Administração da Propriedade Imobiliária é o exercício da Administração de Condomínios, residenciais ou comerciais.
De acordo com Cavalcante (1972, apud INÁCIO 2008), Administração de Condomínios é:
Um conjunto de processos administrativos que visa o bem-estar social de sua comunidade e a valorização de imóvel. É uma atividade mesclada de arte e ciência, que leva o síndico a alcançar os seus objetivos com menos desperdício de energia humana, mais economia de tempo e de recursos e menos atritos nas relações humanas.
As principais atividades que uma Administradora de Condomínios e Sindicaturas desenvolvem, são as seguintes:
Suas atribuições são basicamente as de um gerente geral, competindo-lhe a dirigir a totalidade do condomínio: contratar, orientar e demitir empregados e outros servidores; efetuar as compras necessárias de material de consumo, pagar contas e tributos e fazer tudo o mais que for necessário (MACHADO & ARAÚJO, 2004, p. 59)
É a gestão de todos os recursos que envolvem a administração de um condomínio, como por exemplo: recursos financeiros, recursos materiais e recursos humanos. E o objetivo da Administração de Condomínios é justamente gerir profissionalmente todos esses recursos de terceiros, utilizando-se de todas as técnicas de Administração para que o condomínio agregue valor e bem-estar a todos os seus moradores. Atualmente a administração de condomínios é similar a governança de uma empresa, em função do crescimento das exigências legais, tecnológica, eficiência e transparência.
Analisando-se todos os recursos envolvidos na Administração de Condomínios, percebe-se que ela permeia por vários campos da Administração, quais sejam: Administração Financeira (recursos financeiros), Administração Patrimonial (recursos materiais – manutenção estrutura e segurança geral), Administração e Seleção de Pessoal (recursos humanos) e Administração de Material (recursos materiais).
De acordo com a Associação das Administradoras de Bens Imóveis e Condomínios (AABIC), no desempenho de suas atividades, uma empresa desse ramo recebe do condomínio, conforme definido em contrato, a atribuição de exercer a gestão administrativa (engloba patrimonial e materiais), financeira e de recursos humanos, conforme detalha o Boletim Informativo Especial, da AABIC, São Paulo, 2005:
“Gestão administrativa: Organização administrativa dos setores; Compras; Gestão de contratos com terceiros; Organização de promoções; Organização de Eventos. Elaboração de Planilhas de concorrência e acompanhamento financeiro; Administração do Almoxarifado; Gestão de materiais; Gestão de contratos de conservação e manutenção.
Gestão Financeira: Controle de custos; Elaboração e acompanhamento da previsão orçamentária; Gestão de fundos de reserva; Controle das receitas e despesas; Administração do caixa (contas a pagar e a receber); Controle das despesas ordinárias e extraordinárias; Definição da cota de rateio;
Cobrança de taxas de condomínio em atraso; Gestão da inadimplência; Gerir os recursos investidos.
Gestão de Recursos Humanos: Admitir e demitir pessoas; Definir as atribuições e requisitos necessários para ocupar os cargos; Definir as políticas de recompensa e remuneração; Recrutar e selecionar pessoas; Treinar e Desenvolver pessoas; Alocar os funcionários de acordo com as competências pessoais”.
Além das atividades mencionadas, podem ser contratados os seguintes serviços: emissão de boletos, preparação das atas das assembleias, circulares, notificações, levantamento de preços para realização de obras, elaboração do demonstrativo financeiro mensal, apresentação da prestação de contas anual, retenção e recolhimentos dos tributos, cumprir todas as exigências trabalhista e previdenciária, transmitir todos os dados para o e-Social e EFD-REIF.
Compete também à empresa administradora, orientar ao síndico quanto a contratação de profissionais habilitados, fomentando o cumprimento de todas as exigências relacionadas a segurança do trabalho, combate de incêndio, limpeza de caixa d’água, análise de água, desinsetização, avaliação estrutural, danos elétricos, brigada de incêndio, inspeção do para-raio e seguro. Visto que falhas nos serviços aqui descritos, pode ocasionar responsabilidades Cíveis e Criminal ao Síndico.
O objetivo do segmento de administração de condomínio é gerir de forma profissional bens de terceiros. A responsabilidade contratual para empresas administradoras está estabelecida no Código Civil, Art. 593 a 609. Nos casos de sindicatura a responsabilidade é transmitida por meio da assembleia de eleição ou escolha dos síndicos que assumem um mandato, de acordo com o Código Civil, que determina:
“Art. 653 – Opera-se o mandato quando alguém recebe de outrem poderes para, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses….”
[…]
“Art. 661- O mandato em termos gerais só confere poderes de administração.”
Utilizando as técnicas de administração irão administrar bens de terceiros sob vários aspectos de gestão, que englobam:
- A gestão da manutenção desse patrimônio,
- A identificação das melhores oportunidades para aplicação dos recursos financeiros oriundos da receita auferida.
- Administração de pessoal,
- Administração financeira,Administração de material,
- Administração de manutenção,
- Administração de segurança,
- Gestão de riscos,
- Administração mercadológica, etc.,
O CRA-ES recebe inúmeras reclamações dos serviços de Administradoras de Condomínios, sobre suspeitas em atividades de gestão fora dos padrões técnicos e éticos estabelecidos pelo Sistema CFA/CRA’s.
Administração de Pessoas/Recursos Humanos
Pessoas são o capital mais valioso de qualquer organização.
As empresas crescem por meio da interação e mobilização dos seus funcionários, e seus resultados são atingidos pela entrega do capital intelectual e força de trabalho de pessoas.
A Administração de Recursos Humanos/Gestão de Pessoas é a área estratégica responsável por administrar e comandar os profissionais dentro das organizações, pensando e criando processos de gerenciamento completo das relações das pessoas com as Empresas, alinhando as demandas organizacionais e interesses laborais.
Ao focar em seu core business, as empresas em geral buscam manter setores de RH limitados, buscando a contratação de empresas especializadas conforme demandas específicas, tais como recrutamento e seleção de empregos, capacitações, mapeamento de competências, consultorias, auditorias e perícias.
Muitas são as nomenclaturas adotadas pelas organizações, compreendendo desde a área de conhecimento, como Administração de Pessoas ou Gestão de Pessoas, como setores de empresas, como Recursos Humanos, Gestão de Gente, Administração de Recursos Humanos, Departamento de Pessoas, Gerência de Pessoal e muitos outros.
Pessoas são essenciais para a sustentabilidade e crescimento das organizações, exigindo mecanismos de gestão capazes de garantir desempenho, resultados e qualidade de vida dos colaboradores.
A Administração de Pessoas envolve todas as práticas de gerenciamento de funcionários de uma organização, tais como:
- Recrutamento Interno e Externo, Seleção e Admissão de pessoas;
- Cultura, Motivação e Integração de pessoas;
- Treinamento e Desenvolvimento profissional;
- Coordenação, Supervisão e Gestão de Conflitos de pessoas e equipes;
- Gestão de Competências, Desempenho, Feedback e Resultados;
- Plano de Cargos, Promoção, Remuneração, Incentivos e Pesquisa Salarial;
- Pesquisa de Satisfação, Clima Organizacional e Retenção de Talentos;
- Higiene, Segurança Ocupacional e Qualidade de Vida no trabalho;
- Relações Trabalhistas, Documentação, contrato e jornada de trabalho;
- Reposição, Rotatividade e Desligamento
Os campos mais comuns de atuação em Administração de Pessoas são:
- Empresas de Recrutamento e Seleção;
- Empresas de Treinamento e Desenvolvimento;
- Empresas de Consultoria em Gestão de Pessoas;
- Plano de Cargos e salários
- Controle de Pessoal
- Coordenação de Pessoal
- Desenvolvimento de Pessoal
- Interpretação de Performances
- Locação de Mão-de-Obra
- Pessoal Administrativo
- Pessoal de Operações
- Recrutamento
- Recursos Humanos
- Seleção
- Agenciamento de Pessoas
- Treinamento
Administração Mercadológica/Marketing
A Administração Mercadológica é ferramenta estratégica de gestão de empresas que visa conhecer a fundo as necessidades dos clientes e o desenvolvimento de estratégias que agreguem valor a produtos e serviços, via consolidação de satisfação, manutenção e conquista de clientes.
Marketing deriva da palavra “Market” que significa mercado em inglês.
No Brasil, Marketing foi regulamentado na Lei 4769/65 (Lei da profissão da Administração) com a nomenclatura Mercadologia (estudo de mercado), época em que se evitava estrangeirismos (palavras estrangeiras) em textos de legislação.
As necessidades de mercado e desejos das pessoas evoluem com o passar do tempo, exigindo mudanças das organizações. A identificação das necessidades e desejos dos clientes atuais e futuros serve de base para o desenvolvimento de novos produtos e serviços, principalmente o desenvolvimento de produtos socialmente responsáveis, com foco na sustentabilidade e no equilíbrio ambiental.
A Administração Mercadológica e o profissional de marketing evoluíram para atenderem as novas expectativas de mercado, cabendo utilizar meios, para que consigam corroborar com a competitividade das organizações, como: conhecer e aplicar a metodologia de pesquisa de marketing, com o objetivo de entender o mercado; conhecer o segmento em que a organização está inserida; analisar as estratégias da concorrência, seja a potencial ou a futura; saber analisar os fatores que condicionam as oportunidades e ameaças; avaliar as expectativas e desejos dos clientes; criatividade no desenvolvimento e inovação de produtos e/ou serviços que despertem os desejos dos clientes; executar ações que possam ser iniciativas estratégicas com foco na sustentabilidade e crescimento do negócio, atendendo as necessidades organizacionais e dos clientes.
É certo que muitas foram as estratégicas e táticas da Administração Mercadológica praticadas e estudadas ao longo do tempo, abrangendo propostas de Marketing de massa, de segmentação, de relacionamento ou individualizado, mas todos implementados de forma racional e criativa para o sucesso das organizações em seu ambiente de negócios.
São as atividades típicas da Administração Mercadológica/Marketing:
Planejamento de Marketing
| Pesquisa e Análise de Mercado
| Segmentação de Mercado
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Posicionamento de Mercado
| Desenvolvimento do Mix de Marketing
| Projeto e Desenvolvimento de novos produtos
|
CONSULTORIA EM GESTÃO EMPRESARIAL
“Gestão Empresarial” é sinônimo de “Administração de Empresas”.
A atividade de Consultoria em Gestão Empresarial caracteriza a prática das atividades típicas da Administração, a fim de gerar estratégias e ferramentas empresariais que tornem a empresa mais competitiva por meio de projetos de consultoria como Planejamento Estratégico, Plano de Negócios, Plano de Recursos Humanos, Plano de Marketing, Pesquisas de Mercado, Diagnóstico Organizacional, Rotas Logísticas, entre muitos outros projetos, cujos campos est]ao vinculados à Administração Financeira, Orçamentária, Gestão de Pessoas, Administração de Materiais/Suprimentos, Logística e Suprimentos, Marketing, Produção, Processos, Qualidade e campos conexos à ciência da Administração, regulamentados pela Lei 4.769/65.
Administração é a ciência que estuda ferramentas e soluções de gestão para gerenciar e articular negócios, pessoas, processos e recursos. Seu desabrochar veio para atender demandas de gestão advindas da revolução industrial haja vista a mudança disruptiva das relações produtivas entre manufatura e fábrica. Assim, com a nova forma de produção e geração de riqueza, criou-se a crucial necessidade de otimizar processos e recursos.
Hoje em dia, com a alta concorrência de mercado, redução de custos, carência de capital intelectual/mão de obra especializada, necessidade de flexibilização e simplificação, adaptações tecnológicas diárias e outros desafios derivados da globalização, as empresas acabam perdendo o controle sobre sua gestão – operacional, tático e estratégico, recorrendo a profissionais e empresas especializadas para absorção de novas experiências e tecnologias de gestão.
Pelo alto valor agregado e elevada procura, este segmento empresarial é promissor e bem remunerado, atraindo a atenção de diversos tipos de profissionais. Entretanto trata-se de uma atividade de gestão empresarial delicada, geralmente demandada por empresas com sérios problemas, tornando os clientes – empresários e empregados – reféns da assertividade dos projetos e tecnologias apresentados.
Assim, as empresas de consultoria em gestão são empresas de Administração, praticando atividades privativas e regulamentadas por lei, submetendo-se à habilitação, fiscalização e disciplina do Estado.
A Administração é a ciência que estuda as práticas de gestão organizacional, para o alcance de objetivos empresariais específicos, identicamente aos serviços de consultoria em gestão empresarial, devendo esta ser prática habilitada, fiscalizada e disciplinada pelo Sistema CFA/CRA’s.
FACTORING
É de notório saber a importância das empresas de fomento mercantil para a alavancagem do mercado empresarial no Brasil e no mundo.
Grande parte das empresas de fomento não limitam suas atividades à compra de duplicatas, uma vez que também agregam serviços ao intercâmbio mercantil, mediante assessorias e consultorias – venda casada, adentrando-se nos campos da profissão da Administração.
A acomodação das Factorings em fazer somente negócios convencionais, mediante oferta de capital de giro, não é mais a realidade do segmento, razão da qual é orientado a anunciar aos clientes a prestação de serviços complementares.
A modalidade convencional, limitada à compra de crédito, está sendo substituída cada vez mais para a venda casada da injeção de capital de giro combinado com prestação de serviços, onde verifica-se atividades claramente voltadas para atividades de gestão.
GESTÃO DE RISCOS NAS EMPRESAS DO SETOR
- A cultura da Prevenção e da Gestão Integrada de Riscos e seus impactos positivos
- O conhecimento como ponto de partida para bons resultados
- A integração das ações objetivando resultados
- A identificação correta do perfil e o foco de atuação da empresa – riscos aceitáveis
- A função Controller numa empresa de Fomento Mercantil ou Securitizadora
- A identificação e mapeamento da exposição aos diversos riscos
- A exposição ao risco: consciente e inconsciente, com e sem preparo
- A avaliação da frequência e do impacto dos riscos
- A relação custo/benefício dos processos preventivos
- O PDCA aplicado nas empresas de Fomento Mercantil e Securitizadoras
- A transformação de riscos em oportunidades
- Os principais riscos envolvidos nas operações de Fomento Mercantil
- RISCOS DE CRÉDITO
- RISCOS OPERACIONAIS
- RISCOS FISCAIS
- RISCOS DE MERCADO
- RISCOS JURÍDICOS
- OUTROS RISCOS
GESTÃO ESTRATÉGICA
Visão do negócio
- Objeto social – negócios possíveis
- O ambiente de negócios – números estatísticos do mercado
- O mercado de recebíveis – compradores e vendedores
- A competitividade no setor: fomento mercantil, securitizadoras, fidcs e bancos
- Competitividade no setor
- Visão estratégica
- Áreas da empresa
- Áreas do processo e de apoio
- Processos: custos x benefícios
- Os processos que fazem a diferença para a boa gestão
- Conservador x agressivo – onde está a melhor opção?
- Recursos humanos: a importância para o sucesso.
- O uso das tecnologias atuais
- Relação da taxa de deságio, tarifas, trabalho e risco
- Deságio x tarifas e acessórios
- A gestão de riscos
- Formas de gerenciamento
- A avaliação de crédito segundo a gestão de riscos pela ISO 31000:2009
- A matriz de riscos: severidade x frequência
- A gestão estratégica da empresa
- O planejamento e a utilização de políticas adequadas a cada empresa
- O círculo virtuoso da gestão preventiva
- O rating dos cedentes – o que devemos levar em consideração?
- Classificação de cedentes
- Benchmarking – melhores práticas
- O conhecimento e a informação dentro das empresas
- Análises de rentabilidade, custo do dinheiro e preço
- A alavancagem financeira nas empresas do setor
- Visão sistêmica: a empresa como um todo
Essa adaptação de mercado era de se esperar. Contratos de longo prazo, operações financeiras elevadas, cenários de grande risco, simbiose com clientes e entropia negativa forçaram as empresas de fomento mercantil a trabalharem com suas empresas clientes de forma mútua, agregando o máximo de valor possível e justificando sua margem de deságio, mediante ações de cogestão para aproveitar oportunidades de mercado e mitigar os riscos envolvidos.
Tais serviços são prestados na forma de assessorias e consultorias administrativas, financeiras e mercadológicas, campos de atuação e terminologias previstas na risca pela Lei da Administração (art. 2º da Lei 4.769/65), não havendo espaço para subjetividade e dupla interpretação, pois se tratam de serviços de gestão.
Isso ocorre pois além das atividades básicas de fomento, as factorings aumentam suas receitas com práticas de assessorias e consultorias financeiras, além de garantir liquidez e elevar o índice de sobrevivência de seus clientes, fundamental para evitar inadimplência por falência.
Por se tratar de campo da Administração por Lei, o Conselho Federal de Administração – CFA normatizou de forma técnica a Administração Financeira e Orçamentária mediante a Resolução Normativa CFA Nº 492, publicada no Diário Oficial da União em 21/11/2016.
A Administração Financeira objetiva manter a solvência do negócio empresarial, condicionando os fluxos de caixa necessários para honrar com as obrigações e adquirir/financiar os ativos circulantes e fixos, cujas atividades normatizadas descritas pelo CFA seguem abaixo são PLANEJAMENTO FINANCEIRO, ANÁLISE FINANCEIRA, EXECUÇÃO FINANCEIRA, CONTROLE FINANCEIRO, AUDITORIA INTERNA e PERÍCIA FINANCEIRA.
Já a Administração Mercadológica envolve as atividades de negócios como PLANEJAMENTO DE MARKETING, PESQUISA E ANÁLISE DE MERCADO, SEGMENTAÇÃO DE MERCADO, POSICIONAMENTO DE MERCADO, DESENVOLVIMENTO DO MIX DE MARKETING, PROJETO E DESENVOLVIMENTO DE NOVOS PRODUTOS, ADMINISTRAÇÃO DE VENDAS, COMUNICAÇÃO DE MARKETING, ADMINISTRAÇÃO DE PREÇO, ADMINISTRAÇÃO DE DISTRIBUIÇÃO, AUDITORIA DE MARKETING e PERÍCIA EM MARKETING.
Administração é a ciência que estuda ferramentas e soluções de gestão para gerenciar e articular negócios, pessoas, processos e recursos. Seu desabrochar veio para atender demandas de gestão advindas da revolução industrial haja vista a mudança disruptiva das relações produtivas entre manufatura e fábrica. Assim, com a nova forma de produção e geração de riqueza, criou-se a crucial necessidade de otimizar processos e recursos.
Hoje em dia, com a alta concorrência de mercado, redução de custos, carência de capital intelectual/mão de obra especializada, necessidade de flexibilização e simplificação, adaptações tecnológicas diárias e outros desafios derivados da globalização, as empresas acabam perdendo o controle sobre sua gestão – operacional, tático e estratégico, recorrendo a profissionais e empresas especializadas para absorção de novas experiências e tecnologias de gestão.
Gestão Financeira
A Administração Financeira objetiva manter a solvência do negócio empresarial, condicionando os fluxos de caixa necessários para honrar com as obrigações e adquirir/financiar os ativos circulantes e fixos, necessários para atingir suas metas, levantar viabilidades e execução de projetos.
A Gestão Financeira será praticada mediante planejamentos, análises, controles, gestão de rotinas, processos administrativos, consultorias, assessoria, auditoria e perícia, tais como:
PLANEJAMENTO FINANCEIRO
- Definir objetivos;
- Definir metas;
- Planejar execução das ações: Vendas, Compras, Produção e Recursos Humanos;
- Plano de investimento e custeio;
- Plano orçamentário.
ANÁLISE FINANCEIRA
- Análise de cenários;
- Análise de investimentos;
- Análise de financiamento;
- Análise de propostas orçamentárias;
- Análise de negócio E.V.A (Valor Econômico Adicional).
EXECUÇÃO FINANCEIRA
- Caixa;
- Banco;
- Contas a pagar;
- Contas a receber;
- Fluxo de caixa.
CONTROLE FINANCEIRO
- Controle Orçamentário;
- Autoria interna
AUDITORIA INTERNA
- Planejamento da auditoria;
- Análise dos processos financeiros;
- Identificação de riscos;
- Análise dos controles internos;
- Execução a auditoria;
- Constatação de evidências;
- Emissão de relatório.
PERÍCIA FINANCEIRA
- Planejamento da perícia;
- Análise documental;
- Diligência;
- Questionamentos;
- Investigação;
- Arbitragem;
- Certificação;
- Emissão de laudo.
Holding
No Brasil as empresas de holding se originaram a partir de 1976, com o advento da Lei 6.404, de 15 de dezembro de 1976. Esta lei, que dispõe sobre a Sociedade por Ações, estabeleceu, em seu art. 2º, § 3º, que preconiza:
Art. 2º Pode ser objeto da companhia qualquer empresa de fim lucrativo, não contrário à lei, à ordem pública e aos bons costumes.
- 3º – a companhia pode ter por objeto participar de outras sociedades; ainda que não prevista no estatuto, a participação é facultada como meio de realizar o objeto social, ou para beneficiar-se de incentivos fiscais (1976).
A origem da expressão holding está no verbo do idioma inglês to hold, o que significa manter, controlar ou guardar.
- Holding pura é a praticada por grandes grupos e caracteriza simplesmente a participação acionária, mesmo minoritária, em outras empresas. Entretanto, quando a sua participação na investida é acima de 50% do capital, vias de regra ela assume a sua Administração.
- Holding mista é a que desenvolve atividades operacionais (industrial ou comercial), e também presta serviços, principalmente para as afiliadas, tais como serviços de planejamento estratégico, marketing, informática, recursos humanos, relações públicas, assistência jurídica, organização e métodos.
As holdings são empresas constituídas com a finalidade de gerenciar e administrar outras empresas, bem como estão inseridas em todos os segmentos empresariais e econômicos, prestando serviços de administração e a execução de atividades de gestão em indústrias, bancos, estabelecimentos comerciais, hospitais, concessionárias de serviços públicos dentre outros, envolvendo a aplicação de vultosos recursos financeiros e a geração de milhões de empregos.
Toda holding é uma Administradora de empresas.
As holding (mistas ou puras) que fazem a gestão de suas controladas, por serem empresas criadas para administrar outras empresas, mediante a gestão e administração de suas controladas, abrangendo gestão financeira, logística, pessoal, mercadológica e metodológica (franquias).
Locação de Mão de obra – Gestão e fornecimento de pessoas para terceiros
As Empresas de locação de mão de obra praticam Administração de Pessoas para terceiros, abrangendo uma grande variedade de segmentos de serviços, como limpeza, conservação, portaria, faxineiros, ASG, jardineiros, vigilância, segurança, motoristas, garçons, cozinheiros, copeiros, apoio, secretárias, telefonistas, enfermeiros, homecare e muito mais.
Tais empresas podem ser focadas em uma única ou em várias áreas de serviços, sendo especialistas em fornecer pessoas proficientes nestas áreas, responsabilizando-se por sua gestão contratual e trabalhista. Seus funcionários locados sim, são especialistas pelos afazeres do serviço.
São atividades técnicas das empresas de gestão e locação de mão de obra própria para terceiros:
- Recrutamento Interno;
- Recrutamento Externo;
- Seleção;
- Admissão;
- Integração de Pessoas;
- Treinamento e Desenvolvimento;
- Coordenação e Supervisão;
- Gestão de Conflitos;
- Gestão de Desempenho;
- Pesquisa de Satisfação;
- Higiene, Segurança e Qualidade de Vida;
- Relações Trabalhistas;
- Remuneração e Incentivos;
- Reposição/Desligamento.
Ao terceirizar uma atividade própria para empresa terceira (fornecedora de pessoal), a locação de funcionários é o fato gerador base da responsabilidade solidária e subsidiária, taxativamente reconhecida e imposta pelos Tribunais do Trabalho.
Para melhor embasar o enquadramento das atividades da requerente na área da Administração, vejamos parte do acórdão aprovado em Sessão Plenária pelo Conselho Federal de Administração:
ACÓRDÃO Nº 03/2011 – CFA – Plenário
- PARECER TÉCNICO CTE Nº 03/2008, de 12/12/2008:
As empresas terceirizadas foram criadas para atender a demanda na atividade meio das empresas tomadoras de serviço. A terceirização é o ato pelo qual as empresas e a administração pública contratam serviços de empresas para execução de atividades que estejam fora de sua atividade fim.
Com base nas atividades a serem desenvolvidas pela empresa terceirizada, essa procederá ao recrutamento, seleção e treinamento, admissão, demissão e administração de pessoal, disponibilizando-os aos contratantes, e fornecem mão de obra em diversos segmentos empresariais, tais como: limpeza, vigilância, telefonia, recepção, dentre outros.
A gestão e fornecimento de pessoas para terceiros é uma das formas de atuação da Administração de pessoas, área de conhecimento regulamentada na Lei da Profissão da Administração.
Logística / Materiais e Suprimentos
A Administração de Materiais, suprimentos e logística representa um conjunto completo de atividades que envolvem atividades de gestão, que planeja, implementa e controla o fluxo de compra, inventário, produção, armazenagem, transporte e manuseio e devolução eficiente e econômica de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações a eles relativas, desde o relacionamento com o fornecedor até a entrega ao consumidor.
Hoje conhecida no Brasil como Logística, e mais ampla e ricamente trabalhada como Supply Chain Management no mercado internacional, a Cadeia de Suprimentos engloba toda a gestão de materiais e logística, que ao longo das décadas foi bombardeada com incontáveis estudos técnicos, científicos e acadêmicos da ciência e profissão da Administração, que resultou na criação de metodologias e ferramentas responsáveis pelo saneamento dos antigos problemas do ramo, capazes de oferecer soluções aos velhos e novos gargalos.
A palavra logística vem do francês “logistique”, que deriva de “loger” (colocar, alojar, habitar). Este termo originalmente significava o transporte, abastecimento e alojamento de tropas. O conceito atual de logística na sociedade empresarial e nos negócios se desenvolveu na década de 1950. Isto foi devido principalmente à crescente complexidade encontrada nos negócios na gestão de materiais e entregas de produtos em uma cadeia de suprimentos cada vez mais global, que requeria profissionais especializados. Segundo Antônio Galvão Novaes (Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição, Campus, SP, 2001):
“Logística é a área da Administração que cuida do transporte e armazenamento das mercadorias, constituindo-se no conjunto de atividades de planejamento, operação e controle do fluxo de materiais, mercadorias, serviços e informações da empresa, integrando e racionalizando as funções sistêmicas desde a produção até a entrega, assegurando vantagens competitivas na cadeia de abastecimento e a consequente satisfação dos clientes”.
Assim, compreende-se que logística na sociedade empresarial é o exercício de comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e entregar qualquer insumo, produto ou serviço, da forma certa, na hora certa, no lugar certo, ao menor custo possível.
O Muitas são suas áreas de atuação, tais como logística inbound e outbound, armazenagem, planejamento de produção, cadeira de suprimentos globais, transporte e distribuição, tecnologias logísticas e supply chain, logística reversa, logística sustentável e logística green.
O ramo de conhecimento da Administração de Suprimentos e Logística foi fato gerador da criação da ciência da Administração no mundo, derivada das demandas organizacionais geradas pela Revolução Industrial, e no Brasil foi pilar para regulamentação da profissão da Administração na década de 60, visando atender demandas e gargalos do sistema produtivo da cafeicultura.
Vejamos as atividades típicas da Logística e Materiais:
Compras de Bens e Serviços
| Catálogo de materiais
| Inventário de Materiais
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Alienação de Bens Móveis e Materiais
| Controle de Patrimônio móvel
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As formas mais comuns de atuação profissional na área de Logística e Materiais são:
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Resoluções Normativas do Conselho Federal de Administração – CFA e outros:
- Comissão Especial sobre Administração da Logística – CEAL (CFA)
- Acórdão 04/2011 – Parecer Técnico 01/2011 – Logística (CFA)
- Cursos Gratuitos de Logística – ACADM (CFA)
- Vagas de Emprego e Estágio na área de Logística – Adm. Empregos (CRA-ES)
- Consultorias gratuitas em Logística – Clínica de Negócios (CRA-ES)
- Regulamentação da habilitação profissional do curso de Tecnólogo em Logística (CFA)
Grupos e publicações do Sistema CFA/CRA’s:
- Grupo de Excelência em Gestão da Cadeia de Suprimentos e Logística – GELOG (CRA-SP)
- Plano Brasil de Infraestrutura Logística – PBLog (CFA)
- Diretrizes Curriculares Nacionais do Curso de Administração – Comentada (CFA)
- “Frota em Ação” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
- “Logística – TX, CX, EX, UX e MX são as novas tendências para 2023” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
- “De uma ponta a outra” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
- “Comércio Exterior e Logística” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
- “Logística – Atividade de Peso” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
- “Sem Logística, E-Commerce não funciona” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
- “Logística reversa de eletrônicos” – Revista Brasileira de Administração (CFA)
Organização de Eventos
O segmento empresarial popularizou devido a demanda das empresas e órgãos públicos com o fornecimento de equipamentos e utensílios de mesas, cadeiras, sonorização, buffet e harmonização para suas festas e reuniões
Com o tempo as empresas foram se profissionalizando e, além da locação de materiais, passaram a assessorar, planejar e organizar todo o evento, do início ao fim nos assuntos financeiros (patrocínio, ingressos, cachê, etc.), de logística de materiais (estrutura física, alimentos, bebidas, etc.), do plano de marketing (propaganda, divulgação etc.), além de gerir o pessoal ou intermediar o fornecimento de profissionais especializados em servir alimentos e bebidas, operarem equipamentos de imagem e som, efetuarem fotografias e filmagens, atuarem como mestre de cerimônia, recepcionistas, seguranças, e tudo o que for necessário para facilitar o cliente contratante dos seus serviços.
Como os eventos, independente de sua finalidade, que pode ser um seminário, feira, show, congresso, mesa-redonda, convenção, conferência, fórum, painel, simpósio, jornada, formatura, familiares etc., envolvem processos de planejamento, organização, coordenação e produção de serviços mediante a utilização de: pessoas, recursos materiais, recursos financeiros, buscando a satisfação das necessidades pessoais, empresariais e governamentais, as empresas de organização e realização de eventos, com suas atividades atendem os seus contratantes nas ações de relacionamento institucionais e mercadológicas com o mercado, ou na promoção da cultura e entretenimento para as pessoas.
Para a realização de um evento é necessário um conjunto de ações e práticas visando à manutenção da qualidade dos serviços, a satisfação do cliente e a segurança do retorno ao investimento. Mas, é através do planejamento que se tem um panorama da dimensão do evento, inclusive do local para a sua realização. E a depender do planejamento e sua organização, poderão ser ou não celebrados vários subcontratos de serviços, tais como: locação de espaço, motoristas, iluminação, banda de músicas, segurança, fogos de artifício e todos os quais formam a infra-estrutura que contribuirá sobremaneira para o sucesso do evento.
Assim, diante de tanta responsabilidade, as organizadoras de eventos fazem a análise e dimensionamento dos recursos financeiros próprios e de terceiros, fazem levantamento das despesas e receitas com vistas à viabilidade de realização do evento; identificam e conhecem público alvo; providenciam os equipamentos de som e iluminação, fazem a locação de veículos, providenciam estacionamentos, negociam com agências de viagens e companhias aéreas; fazem o recrutamento e seleção de mão de obra qualificada e não qualificada; controlam e coordenam as pessoas envolvidas na infra-estrutura e realização do evento, o que certamente garantirá o sucesso de seus contratantes.
Pelos elevados valores contratuais, este segmento empresarial é promissor e atrai a atenção de empresários. Trata-se de uma atividade de organização criteriosa e metódica, cujas atividades desenvolvidas são o elemento chave do atendimento das expectativas – contratantes e convidados, e o devido sucesso pretendido pelo evento.
Assim, ao praticar as atividades previstas na Lei 4.769/65, as empresas de organização de eventos submetem-se à habilitação, fiscalização e disciplina do Estado.
Caso contrário, a utilização de empresas e profissionais sem a qualificação e compromisso com o zelo profissional – ausência de fiscalização – aumentam a ineficiência, o risco e os prejuízos da prestação lesiva desses serviços ao público.
Improvisar e confiar na sorte continua a ser uma constante em eventos realizados por profissionais não qualificados podendo causar ineficiências, dentre as quais se pode destacar: a) Não prever nem gerenciar o tempo; b) Ignorar as necessidades básicas dos recursos humanos; c) Ignorar os princípios básicos do trabalho em equipe; d) Prejuízos financeiros; e) Não conformidades nos suprimentos ou no apoio logístico; f) Contratempos de segurança e higienização.
Como segmento empresarial, a organização de eventos impõe em sua totalidade ações de Administração, regulamentadas pela Lei 4.769/65 e Decreto 61.934/67, fiscalizadas pelo CRA-ES, ao desenvolver atividades de Administração, Administração Financeira e Orçamentária (viabilidade, custos, preços, faturamento, capital de giro, locações e contratos) Administração de Pessoas (locação e gestão de pessoas), Administração de Materiais (suprimentos e logística), Organização e Métodos, estudos de mercado e Marketing (Mercadológica).
TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL E GERENCIAL
Toda empresa necessita de processos de gestão de pessoas e treinamento e desenvolvimento de funcionários, sejam estes novatos ou veteranos. Ao focar nas atividades de seu ramo de negócios (core-busines), é comum tais empresas terceirizarem a atividade de treinamento de pessoas à outra empresa especializada, responsável pelo levantamento de necessidades, programas de treinamento, educação e desenvolvimento profissional, indicadores e soluções de treinamento.
Treinamento é um processo organizado e sistematizado com o objetivo de promover a aquisição de habilidades, regras e atitudes, focando na melhor adequação entre as características dos funcionários e as exigências diante de sua função.
O objetivo das empresas do segmento de treinamento é organizar e fornecer instrutores para treinar empregados de outras instituições, ou para cidadãos interessados. Segundo o especialista em recursos humanos, Antônio Carlos Gil “a atividade de treinamento refere-se ao conjunto de experiências de aprendizagem centradas na posição atual da organização. Trata-se, portanto, de um processo educacional de curto-prazo e que envolve todas as ações que visam deliberadamente ampliar a capacidade das pessoas para desempenhar melhor as atividades relacionadas ao cargo que ocupam na empresa, ou que venham a ocupar.” (Gestão de Pessoas – Enfoque nos papéis profissionais. São Paulo: Atlas, 2008: p. 122)
O treinamento e desenvolvimento profissional e gerencial (capacitação) é uma das etapas das atividades de Administração de Pessoas, pois visa desenvolver habilidades dos funcionários e gestores para aprimorar e alinhar processos internos de produção, cultura, relacionamento e controle. Vejamos:
- Recrutamento Interno;
- Recrutamento Externo;
- Seleção;
- Admissão;
- Integração de Pessoas;
- Treinamento e Desenvolvimento;
- Coordenação e Supervisão;
- Gestão de Conflitos;
- Gestão de Desempenho;
- Pesquisa de Satisfação;
- Higiene, Segurança e Qualidade de Vida;
- Relações Trabalhistas;
- Remuneração e Incentivos;
- Reposição/Desligamento.
Essas atividades necessitam de complexos levantamentos e planejamentos da necessidade, desenvolvimento e avaliação do programa de capacitação, que ainda sim podem gerar descontentamentos por parte do cliente, sejam por falta de profundidade do conteúdo ou falta de assertividade.
Para melhor embasar o enquadramento técnico dessas atividades, o Conselho Federal de Administração – CFA já regulamentou e normatizou as técnicas e fiscalização da área de Treinamentos, conforme vejamos:
ACÓRDÃO Nº 07/2011 – CFA – Plenário
- PARECER TÉCNICO CETEF Nº 04/2011, de 20/07/2011.
- EMENTA: Obrigatoriedade de registro das empresas de Treinamento nos Conselhos
Regionais de Administração.
- RELATOR: Conselheiro Federal Hércules da Silva Falcão
- ACÓRDÃO:
Visto, relatado e discutido o Parecer Técnico CETEF Nº 04/2011, de 20/07/2011, da Comissão Especial Técnica de Estudos de Fiscalização, constituída pela Portaria CFA Nº 20/2011, de 17/03/11, alterada pela Portaria CFA Nº 77/2011, de 22/08/11, sobre a obrigatoriedade de registro em CRA das empresas de Treinamento, ACORDAM os Conselheiros Federais do Conselho Federal de Administração, reunidos na 16ª Sessão Plenária, em 15/09/2011, por unanimidade, ante as razões expostas pelos integrantes da citada Comissão, com fulcro nos arts. 15 da Lei nº
4.769/65 e 1º da Lei nº 6839/80, em julgar obrigatório o registro nos Conselhos Regionais de Administração, das empresas de Treinamento, por explorarem atividades pertinentes ao campo de Administração e Seleção de Pessoal/Recursos Humanos, privativo do Administrador, de acordo com o previsto no art. 2º da Lei nº 4.769/65. O Parecer Técnico da Comissão Especial Técnica de Estudos de Fiscalização fica fazendo parte integrante do presente acórdão.
- Data da Reunião Plenária: 15.09.2011.
Nesse sentido, vejamos algumas decisões judiciais sobre o tema:
APELAÇÃO CÍVEL: 2001.35.00.009813-4/GO
Processo na Origem: 200135000098134
RELATOR (A): JUIZ FEDERAL CARLOS EDUARDO CASTRO MARTINS
APELANTE: OREAL ORGANIZAÇÃO EMPRESARIAL E ASSESSORAMENTO LTDA
ADVOGADO: NUBIA CRISTINA DA SILVA
APELADO: CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO DE GOIAS E TOCANTINS CRA – GO/TO
ADVOGADO: JOSE IVAN OLIVEIRA PINTIEMENTA:
ADMINISTRATIVO. CONSELHO PROFISSIONAL. REGISTRO NO CONSELHO REGIONAL DE ADMINISTRAÇÃO. ATIVIDADE RELACIONADA À TREINAMENTO E FORNECIMENTO DE MÃO-DE-OBRA.
- A exigência de inscrição da empresa em conselho profissional só pode ser feita em relação à sua atividade básica, nos termos do art. 1º da Lei 6.839/1980.
- A empresa que terceiriza serviços de mão de obra está obrigada a registrar-se no Conselho Regional de Administração, uma vez que sua atividade básica é a administração e seleção de pessoal, atividades típicas e privativas do técnico de administração, na forma do art. 2º, b, da Lei 4.769/65.
Apelação a que se nega provimento.
ACÓRDÃO
Decide a Sétima Turma Suplementar do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, por unanimidade, negar provimento à apelação, nos termos do voto do relator.
Brasília/DF, 28 de fevereiro de 2012 (negritamos)
Campos Conexos
A profissão da Administração possui vasto campo de atuação técnica e científica, abrangendo campos de conhecimento, áreas profissionais e segmentos de mercado diversos.
Outros campos comuns e conexos à profissão da Administração podem ser vistos como:
- Administração de Benefícios
- Administração de Cartões
- Administração de Consórcio
- Administração de Comércio Exterior
- Administração de Cooperativas
- Administração Hospitalar
- Administração de Condomínios
- Administração de Imóveis
- Administração de Processamento de Dados/ Informática
- Administração Rural
- Administração Hoteleira
- Factoring
- Gestão de Facilities
- Gestão de Frotas
- Gestão de Turismo
- Holding
- Organização de Concursos Públicos e Processos Seletivos
- Organização de Eventos