O salário emocional é o conjunto de ações, recompensas ou influências que buscam aumentar o bem-estar do funcionário. É de extrema importância o investimento nesses elementos, pois tendem a aumentar a satisfação e motivação dos trabalhadores.
O gerente de relacionamento do Conselho Regional de Administração de São Paulo (CRA-SP), administrador Daniel Sguerra, afirma que o benefício da aplicação do salário emocional é uma via dupla. Ao ter um bom impacto dentro da empresa e uma melhora na qualidade de vida dos funcionários, promove o desempenho positivo da empresa.
“Acreditamos que para o colaborador é uma vantagem na medida em que ele oferece melhores condições de trabalho, maior senso de pertencimento, mais oportunidades de desenvolvimento, entre outras questões emocionais e também sociais. Agora, para a empresa, ela também ganha com isso, pois ter colaboradores mais motivados, engajados e conscientes do seu papel é inegável que questões como essas fomentam: inovação, novas ideias, o desenvolvimento da empresa de uma forma geral”, ressaltou o Adm. Daniel Sguerra.
O salário emocional, entretanto, não compensa a baixa remuneração, pois ambos reforçam o quanto a empresa valoriza seus membros. Contribui, também, com a diminuição da rotatividade da empresa.
De acordo com o levantamento feito pelo Conselho Regional de Administração de São Paulo, a maioria dos profissionais ainda não utiliza essas ações: 53% dos 438 colaboradores da pesquisa afirmaram que onde trabalham não há esses benefícios para o bem-estar. Esse estudo também mostrou que um número expressivo dos participantes considera esse conceito vago.
Segundo Sguerra, as empresas que ainda não têm um pacote de benefícios que envolvem questões como essas precisam pensar melhor a respeito. Segundo ele, essa é uma das primeiras conclusões a ser constatada, uma vez que naturalmente é uma vantagem com potencial de reter talentos.
“Falar mais, explicar sobre o conceito, as vantagens de possuir benefícios como esse, enfim, é um trabalho de conscientização. Mas precisamos ter muito claro que o dito salário emocional não substitui de maneira alguma um salário competitivo, benefícios financeiros, aquelas questões mais tradicionais que a gente conhece”, afirmou.
Apesar da pouca acessibilidade, o conceito de salário emocional começa a ganhar força dentro das organizações. A pesquisa do CRA-SP faz parte de um projeto institucional que visa entender melhor a percepção dos profissionais de Administração sobre temas em alta no mercado de trabalho.
Para mais informações sobre o levantamento, acesse: https://crasp.gov.br/crasp//site/noticias/salario-emocional-
Denise Coelho
Repórter Rádio ADM.
Crédito: Ana Clara de Lima | Estagiária de jornalismo, sob supervisão | Assessoria de Comunicação CFA