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Proposta das DCNs do Sistema CFA/CRAs são protocoladas no CNE

O Conselho Federal de Administração (CFA) protocolou, nesta segunda-feira, 22, ofícios no Conselho Nacional de Educação (CNE). Eles foram endereçados ao presidente e ao conselheiro da Câmara de Educação Superior do CNE, Antônio de Araújo Freitas Júnior e Antônio Carbonari Neto, respectivamente.

Ambos documentos tratam das considerações do CFA sobre a atualização das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Bacharelado em Administração, as chamadas DCNs. Os ofícios reforçam o posicionamento do Sistema CFA/CRAs em dois pontos. Um deles é sobre a importância de elaborar diretrizes alicerçadas por competências e acabar com o modelo de disciplinas, que fragmentam o conhecimento em Administração e o seu ensino, a aprendizagem e, consequentemente, a sua formação. Esse é um modelo pedagógico ultrapassado e que remonta à Revolução 1.0. “A proposta considera, também, o processo de ensino-aprendizagem para a formação do profissional, oferecidos em ambiente com interface digital que disponibilize suporte pedagógico de docentes, que seja capaz de preparar profissionais em administração para a Revolução 4.0”, diz o documento assinado pela diretora de Formação Profissional do CFA, Cláudia Stadlober e o presidente do CFA, Mauro Kreuz.

O outro ponto defendido pelo Sistema CFA/CRAs é a realização de práticas profissionais obrigatórias e supervisionadas. Atualmente, os estágios não são obrigatórios e nem são supervisionados. Caso a proposta da autarquia seja acatada pelo colegiado do CNE, os discentes fariam uma espécie de “residência profissional” em Administração, a ser realizada nos últimos semestres do curso com a supervisão de profissionais da área da Administração, com vistas a consolidar as competências que os profissionais devem ter, alinhando teoria e prática.

“Entendemos que em tais condições serão, efetivamente, oferecidas melhores oportunidades de aprendizado das competências propostas, de modo que avançaremos no processo de desenvolvimento profissional do estudante de Administração, no contexto de suas atividades acadêmicas, elevando substancialmente a qualidade profissional dos egressos dos cursos de Administração”, ressalta o texto do ofício protocolado no CNE.

As propostas apresentadas pelo CFA tiveram a participação dos Conselheiros Federais dos 26 Estados e do Distrito Federal, assim como, dos 27 presidentes dos Conselhos Regionais de Administração (CRAs). Além disso, o Sistema CFA/CRAs ouviu coordenadores e professores dos cursos de Administração em cada Estado e no Distrito Federal, reforçando o debate da matéria em âmbito nacional, à luz da interpretação das tendências do mercado de trabalho, obtidas mediante a realização sistemática de pesquisas científicas.

Comissão

Em março, o Presidente do CFA Adm. Mauro Kreuz constituiu uma Comissão Especial para Análise das Diretrizes Curriculares Nacionais para os Cursos de Bacharelado em Administração. O grupo é coordenado pela diretora de Formação Profissional da autarquia, Adm. Cláudia Stadtlober. O grupo é composto, ainda, pela presidente do CRA-BA, Adm. Tânia Maria da Cunha Dias; pelo presidente do CRA-MA, Adm. José Samuel de Miranda Melo Júnior; pelo presidente do CRA-PR, Adm. Sérgio Pereira Lobo; pelo presidente do CRA-DF, Adm. Udenir de Oliveira Silva e pelo presidente do CRA-RJ, Adm. Wallace de Souza Vieira.

Além disso, a Comissão conta com a participação do presidente da Associação Nacional dos Cursos de Graduação em Administração (Angrad), Edson Kenji Kondo; e do diretor de Relações Internacionais da Angrad, Irineu Gianesi.

FONTE: Ana Graciele Gonçalves. Assessoria de Comunicação CFA