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Liderança em Saúde: O Impacto da Boa Administração na Gestão Hospitalar

No Dia do Administrador Hospitalar, 14 de julho, a importância desses profissionais ganha destaque, especialmente após a pandemia de COVID-19. Essenciais na gestão de recursos, controle de orçamentos, negociação de contratos e otimização de processos, os executivos hospitalares demonstram que uma gestão eficiente pode minimizar os impactos das adversidades.

“A boa gestão é a base para o sucesso de qualquer negócio. Na área da saúde, isso não é diferente, especialmente na gestão hospitalar. Os maiores problemas da área de saúde decorrem muito mais da falta de gestão adequada e profissional do que de

Cons. Manoel Carlos

outras causas”, afirma o Administrador Manoel Carlos Rocha Lima, Conselheiro Federal do Conselho Regional de Administração no Espírito Santo (CRA-ES) e coordenador da Comissão Especial de Gestão de Serviços em Saúde do Conselho Federal de Administração (CFA). 

“Nesse contexto, o papel do Administrador Hospitalar, que possui competências compatíveis e necessárias para responder às demandas situacionais do ambiente de saúde, é fundamental. No entanto, é um profissional que, no Brasil, ainda precisa ocupar, neste setor, posições estratégicas de gestão e ser mais reconhecido e valorizado como o profissional mais preparado para lidar com as adversidades dos processos de gestão” acrescenta Lima.

Os gestores hospitalares têm a responsabilidade de assegurar o funcionamento eficiente do hospital, mantendo a qualidade do atendimento ao paciente e cumprindo as normas regulatórias. Isso envolve a gestão adequada dos recursos, a prestação de cuidados excelentes a todos os pacientes e a sustentabilidade financeira da instituição.

R.I Cláudio Amorim

Adm. Claudio Amorim, representante institucional do CRA-ES e diretor-geral do HIMABA, o maior hospital pediátrico do estado do Espírito Santo, concorda com Lima e acrescenta: “O gestor hospitalar, ao realizar a gestão com profissionalismo e ética, pode eliminar vícios recorrentes na administração de entidades complexas, como o desperdício e a corrupção.” Amorim enfatiza a necessidade de profissionais em administração hospitalar nas instituições, afirmando: “Abre-se mão de um bom técnico em saúde e não se ganha um bom líder ou administrador. A administração deve ocorrer de forma geral, não apenas no atendimento direto ao paciente, sem prejuízo da qualidade das atividades.”

Uma gestão hospitalar de alto desempenho traz diversos benefícios significativos, incluindo melhorias na qualidade do atendimento ao paciente, eficiência operacional maximizada e sustentabilidade financeira reforçada. Também otimiza a capacidade instalada, reduz custos operacionais e desperdícios, e promove a retenção de funcionários qualificados, essencial para manter um atendimento humanizado e de excelência.

Amorim destaca algumas das estratégias bem-sucedidas implementadas no HIMABA: “Implementamos estratégias bem-sucedidas, como telemedicina, serviços de oftalmopediatria, uma ala de saúde mental, a entrega de 58 leitos pediátricos e programas de desenvolvimento de lideranças. Além disso, otimizamos custos, processos de prestação de contas, melhoramos o processo de contratação e reduzimos o turn-over, tudo no orçamento.”

A complexidade hospitalar esconde muitas ineficiências na operação que causam desperdícios e afetam a segurança do paciente. Alta variabilidade de processos, desperdícios, gargalos e atrasos são apenas alguns dos problemas encontrados no dia a dia hospitalar. Uma gestão eficiente também foca na redução de custos e na melhoria contínua dos serviços, fortalecendo a reputação do hospital e aumentando a confiança dos usuários nos serviços prestados.

“Como o velho ditado diz, saúde não tem preço, mas tem custos, e quando bem administrados conseguem promover saúde para a sociedade como um todo, já que é essencial para a plena atividade do ser humano,” afirma a Admª. Dayele Pereira da Silva Assis, da Câmara Temática de Gestão em Saúde e diretora de Projetos, Processos e Qualidade no Grupo Hospital Royal.

Os gestores precisam ter em mãos soluções inteligentes que facilitem a análise de dados para identificar ineficiências e possam corrigi-las para melhorar a segurança do paciente e a eficiência do hospital. Ela complementa: “O administrador hospitalar deve promover a colaboração entre a equipe assistencial e é fundamental para a saúde financeira da instituição. No cenário atual, os executivos precisam assumir seu papel na gestão dos sistemas de saúde.”

Adm. Dayele Assis

Para fomentar esse debate, Dayele convida para o ADM TALKS, uma ‘Roda de Conversa’ mensal que fomenta debates e oportunidades de networking. “Neste mês, o tema será ‘Desenvolvendo Competências: Habilidades para Administradores de Saúde’, conduzido por mim, Admª. Dayele Pereira da Silva. O evento está marcado para o dia 25 de julho, às 19h, no CRA-ES, em Bento Ferreira. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas em craes.org.br/eventos. 

 

 

Segundo a Lei n.º 4.769/65, apenas profissionais registrados no CRA-ES são reconhecidos como Administradores. Esses profissionais proporcionam maior segurança à sociedade e conduzem suas ações de maneira ética. Eles estão sob a supervisão do Conselho, reforçando a confiabilidade de suas práticas. O papel do Administrador Hospitalar é destacado como essencial para atender às demandas do ambiente de saúde. O registro profissional é, portanto, um passo importante na jornada da gestão em saúde.