O termo Quiet Quitting tem dominado discussões sobre carreira nos últimos meses. Apesar da tradução literal, do inglês, significar demissão silenciosa, trata-se de um movimento que busca limites bem estabelecidos entre o trabalho e a vida pessoal.
De acordo com a 22ª edição do Índice de Confiança Robert Half, a falta de reconhecimento e oportunidades de crescimento motivaria 62% dos profissionais a aderir ao Quiet Quitting. Para a consultora em Gestão de Pessoas, Alexsandra Leite, uma combinação cuidadosa de liderança e gestão é capaz de minimizar os impactos disso no mercado de trabalho.
“Quando os meus valores estão alinhados com os valores da empresa, eu me engajo e me motivo. Então, o setor de RH tem que estar muito atento não só nos aspectos curriculares de uma pessoa. Aspectos técnicos a pessoa pode aprender, já o padrão de comportamento é mais difícil de desenvolver”, explica a administradora.
As empresas também devem ficar atentas a outras motivações para adesão dos profissionais ao Quiet Quitting. E segundo a pesquisa, elas envolvem relação mais saudável com o trabalho (57%) e insatisfação com o superior imediato (43%). São pontos que para Alexsandra, merecem atenção redobrada.
“Nós ainda temos muitas empresas que não olham para essa questão do ambiente de trabalho. Não se trata só de espaço físico ou recursos materiais, mas sim de um ambiente psicológico, de um ambiente emocional que se constrói. Nesse ponto, aqui no Brasil, as empresas ainda estão engatinhando.
Nos últimos seis meses, 52% dos executivos identificaram colaboradores aderindo ao Quiet Quitting e 57% acreditam ser uma tendência que vai perdurar no médio e longo prazo. A 22ª edição do Índice de Confiança Robert Half entrevistou 1.161 profissionais em dezembro de 2022, entre recrutadores, profissionais qualificados empregados e profissionais qualificados desempregados.
CRÉDITO: Adriana Mesquita | Rádio ADM
FONTE: G1