O empreendedorismo feminino vai além de abrir negócios: ele simboliza a ascensão da liderança feminina em diferentes esferas econômicas e sociais, reforçando o impacto positivo das mulheres na transformação das organizações e no fortalecimento da economia. No Brasil, esse movimento é uma ferramenta essencial para reduzir desigualdades e valorizar a diversidade.
Segundo a pesquisa PME-Empreendedoras, do Serasa Experian, a independência financeira é a maior motivação para 40% das brasileiras que decidem empreender. Flexibilidade de horários (29%), seguir suas crenças (24%), obter renda extra (21%) e aumentar os ganhos (20%) também figuram entre os principais incentivos. Atualmente, o Brasil conta com 10,3 milhões de mulheres empreendedoras, representando 34% do total de empresários, de acordo com o Sebrae. Entre elas, 45% são chefes de família e 55% empreendem por necessidade, evidenciando desafios que ainda precisam ser enfrentados para alcançar a equidade.
Para destacar esse impacto, o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, celebrado em 19 de novembro e promovido pela ONU Mulheres, reforça a importância de iniciativas que valorizem a liderança feminina e promovam igualdade e inclusão.
O CRA-ES, alinhado com sua missão de fortalecer a Administração e valorizar seus profissionais, reconhece a trajetória da Admª. Valéria Aquino, fundadora da VA Lingerie e coordenadora da Comissão Adm Mulher do CRA-ES. Desde 2017, Valéria utiliza a moda íntima como uma ferramenta de transformação, promovendo autoconfiança das mulheres por meio de peças que refletem bem-estar.
“Eu sempre tive um sonho, eu sempre falava para as pessoas que eu queria abrir uma loja de lingerie. Venho de uma situação numa família onde presenciei violência doméstica, então eu tinha na minha cabeça a importância da autoestima para a mulher, explica Valéria, que deixou uma gerência de 32 anos em carteira assinada para empreender.
Como coordenadora da Comissão Adm Mulher do CRA-ES, Valéria compartilha alguns dos obstáculos superados em sua trajetória. “Enfrentei muitos desafios, especialmente porque as pessoas associavam a um conceito minimizado de um produto feminino. E a falta de apoio das nossas instituições financeiras para que eu pudesse alavancar o negócio mais rápido. Além disso, a falta de apoio das instituições financeiras dificultou o crescimento do meu negócio. Para superar isso, fiz planos a curto prazo, investi dentro das minhas possibilidades e usei minha experiência em vendas e influência para garantir um faturamento satisfatório”, comemora.
Para o presidente do CRA-ES, Adm. Flávio Celso Santos Rosa, o empreendedorismo feminino é uma força transformadora. “Histórias como a da Admª. Valéria Aquino reforçam o papel das mulheres como agentes de mudança na sociedade. Elas não apenas geram negócios, mas promovem inclusão, fortalecem a economia e deixam um legado de inovação para as futuras gerações.”
Ao valorizar trajetórias como a de Valéria Aquino, o CRA-ES reafirma seu compromisso com a promoção da igualdade de oportunidades e o fortalecimento do papel das mulheres na Administração e na sociedade.