Aguns especialistas defendem que as cidades devem ser cada vez mais inteligentes e sustentáveis para atender a essa demanda. Lígia Terezinha Simonian – especialista em políticas públicas, gestão e governança nas áreas protegidas e professora da Universidade Federal do Pará, alerta que ainda estamos engatinhando neste aspecto.
“Cidade Inteligente é aquela cidade que daqui a 30 anos vai ser sustentável, caso contrário não vai ser cidade inteligente. Aqui no Brasil as cidades mais próximas dessa categoria são: São Paulo, Florianópolis e Curitiba. Fora dessa área não temos nenhuma que se aproxime dessa categoria. Então precisamos realmente de um trabalho hercúleo para que se alavanque com essa questão na sociedade brasileira e humana como um todo.”
A especialista reforça que o conceito de inteligente vai além do avanço tecnológico. Ações simples também podem contribuir neste aspecto ao facilitar a vida e o bem-estar da população.
O diretor da Companhia de Saneamento do Paraná, Hudson José, ex-secretário de governo, destaca dois projetos implantados em Curitiba que servem de exemplo. Um deles mais recente foi o trabalho educativo junto à população que ajudou a superar uma crise hídrica. Outro, implantado há mais de 30 anos, apostou num processo de coleta seletiva de lixo para resolver o problema de colapso do aterro sanitário local.
“A cidade começou a fazer um trabalho de comunicação muito intenso e trabalhou-se com um programa de educação ambiental nas escolas públicas. Foi implantado um sistema de câmbio verde. A cidade se encarregou de fazer esse processo e remunerar as populações mais carentes pela coleta desse material. Depois manteve-se essa prática, com a implantação de uma mini usina e seleção prévia do lixo nas casas. Então esse processo acabou ganhando corpo e virando proposta coletiva”.
O assunto foi tema de debate com administradores no Fórum Internacional de Administração em Belém do Pará. Para acompanhar tudo o que aconteceu no FIA 2022 é só acessar o CFAPlay.
FONTE: Denise Coelho | Repórter Rádio ADM