Conflitos entre colaboradores de diferentes gerações são responsáveis por 12% de perda na produtividade.
Para fugir dessa estatística, especialistas ensinam que é preciso promover ações organizacionais que promovam o diálogo e o respeito às diferenças.
Imagine a situação, após uma década na mesma empresa, um profissional na faixa dos 40 ou 50 anos é desafiado a se reinventar para continuar no mercado de trabalho, e estar apto a disputar espaço com pessoas mais jovens. Já as organizações precisam gerenciar colaboradores, de gerações distintas, e divergências no ambiente corporativo.
Os funcionários maduros ou idosos têm receio das mudanças do mercado, e da pressão em manter-se no emprego. E os mais jovens, possuem obstinação de querer tudo rápido, para ontem.
Administrar conflitos de forma adequada tornou-se um dos grandes desafios dos gestores de recursos humanos. Tais problemas afetam não apenas o clima organizacional, mas também faz cair a produtividade, é o que revela estudo, das consultorias ASTD Workforce Development e VitalSmarts.
De acordo com a pesquisa, um em cada três entrevistados afirmou que a empresa gasta 5 horas ou mais, por semana, em conflitos entre as gerações; o que gera perda de 12% de produtividade. Dos 1.348 pesquisados, 54,43% trabalham em empresas com funcionários de pelo menos três gerações, e as divergências são mais frequentes entre os Baby Boomers, (nascidos após a Segunda Guerra Mundial) e os Millennials (nascidos entre 1980 e 1999).
Para a administradora e especialista em Gestão de Pessoas, Alexsandra Leite, os conflitos entre profissionais de diferentes gerações existem por uma série de fatores. “Os principais conflitos entre gerações estão baseados em valores que eles têm e nas motivações que possuem. Aquilo que os motiva, que está por trás do que fazem, o modo como pensam ou agem são muitos diferentes entre as gerações. E isso, por si, já é um fator que vai resultar em inúmeros conflitos”, esclarece.
Além dos Millennials, também chamada de Geração Y, boa parte das organizações têm, ainda, colaboradores da Geração X (nascidos entre 1960 e o final da década de 1970) e da Geração Z (nascidos após o ano 2000 ou de 1993, não há consenso entre pesquisadores). O que define cada grupo é o conjunto de particularidades como faixa etária, cultura, influências econômicas e sociais.
“Geralmente, a gente acaba separando por características que algumas pessoas têm em comum”, revela o gerente sênior da empresa de consultoria em recrutamento ‘Robert Half’, Caio Arnaes.
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FONTE: ASSESSORIA CFA