Como uma demanda encabeçada pela Organização das Nações Unidas (ONU), ESG em português significa Governança Ambiental, Social e Corporativa. A pandemia intensificou o debate em torno da pauta. E na saúde, não foi diferente.
O diretor-regional da Federação Brasileira de Administradores Hospitalares, Adm. Marcelo Iwersen, aponta o setor privado como o mais consolidado nas políticas ESG. As ações, segundo ele, incluem melhor uso dos recursos disponíveis, redução de desperdícios e valorização das pessoas.
“A adoção de tais iniciativas abrange a perspectiva da obtenção de benefícios para a instituição e a comunidade, incluindo o público externo, os clientes, pacientes e demais stakeholders”, explica.
Nos hospitais privados, a aplicação das boas práticas já começou a ser mensurada e a trazer resultados. Dados da Associação Nacional de Hospitais Privados comprovam esses avanços. Levantamento da entidade mostra que os investimentos em ESG realizados pelos hospitais associados ultrapassaram 119 milhões e beneficiaram mais de 4 milhões de pessoas.
Já no setor público, as dificuldades são maiores para a implementação da pauta. Iwersen, que coordena a Câmara de Gestão da Saúde do Conselho Regional de Administração do Paraná, destaca dois grandes desafios.
Uma delas é a falta de autonomia administrativa e financeira. “A outra, é a falta de conhecimento e de formação para a implantação de iniciativas tão abrangentes e relevantes, que, desde seu desenho, no planejamento, até sua execução e avaliação, deve ser liderada por profissional competente com profundo conhecimento da instituição, em todas as suas dimensões.”, ressalta.
Para o especialista em Liderança na Gestão Pública, os profissionais de administração têm papel fundamental para ajudar os hospitais públicos a alcançarem parâmetros dos privados. Uma das ferramentas é por meio do Índice CFA de Governança Municipal.
A iniciativa do Conselho Federal de Administração (CFA) reúne dados oficiais para auxiliar no planejamento estratégico dos municípios, com boas práticas de gestão e políticas públicas em saúde. Para conhecer acesse www.igmcfa.org.br.
FONTE:
Adriana Mesquita | Rádio ADM
Ana Graciele Gonçalves | Assessoria de Comunicação CFA