Falta de planejamento é uma das causas do endividamento das famílias brasileiras.
Uma pesquisa da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), mostrou que quatro em cada dez brasileiros adultos (39,71%) estavam endividados em setembro de 2022. O administrador e educador financeiro Érico Colodeti explica que o caminho para o desenvolvimento de uma rotina de educação financeira não é fácil, mas o primeiro passo é evitar as compras por impulso.
“A compra por impulso é, em grande parte, responsável pelo endividamento das famílias brasileiras e sempre vem acompanhada de picos emocionais. Compramos porque estamos felizes, compramos porque estamos tristes, ou seja, usamos a emoção como gatilho de compra”, explica o administrador.
O profissional enfatiza que, para evitar a compra por impulso, é preciso se fazer três perguntas antes de realizar qualquer compra. “Eu preciso disso? Eu tenho dinheiro? Tem que ser agora? Além disso, evitar o uso do ‘Eu mereço’, ‘vou levar para aproveitar a promoção’ ou da frase mais famosa de todas ‘vou levar porque não sei se estarei vivo amanhã’ para justificar qualquer compra”, ressalta.
Érico destaca que superar esses obstáculos exige autoconhecimento e planejamento financeiro, mas gera resultados. Um deles é a mudança de hábitos de consumo, que promove uma nova forma de lidar com o dinheiro.
“Primeiro, porque essa mudança de hábito faz com que a pessoa passe a viver o seu real padrão de vida, se livrando do endividamento e da inadimplência. Segundo porque, ao recalibrar seu padrão de vida, vai sobrar recursos para a realização de objetivos de vida, criação de reserva de emergência e realização de investimentos para ter renda passiva”, conclui Érico.