Um estudo feito pelo Global Entrepreneurship Monitor apontou que 55% das mulheres começaram o próprio negócio para melhorar sua renda. Entre as atividades mais desempenhadas pelas empreendedoras estão: fabricação de roupas, salões de beleza e comércio varejista de cosméticos, artigos de perfumaria e de higiene pessoal. Já os homens apresentam grande atuação na construção civil, atividades paisagísticas, instalações elétricas e serviços de transporte e manutenção de veículos.
A administradora Nathália Kelday resolveu empreender há cinco anos. Apesar do pouco tempo ela já é líder em Educação e Tecnologia, sendo consultora do ministério da Educação, do Banco Mundial e de outras organizações internacionais. Nathália fundou a Estudologia, uma Edtech premiada projetada para personalizar o aprendizado. Também está à frente do Edtech Meetup, movimento que monitora a evolução do cenário Edtech em Brasília.
Mas nem de longe essa caminhada foi fácil. Ela conta que no início da carreira, enfrentou algumas dificuldades na hora de receber credibilidade, justamente por ser mulher. Ela admite que isso vem mudando aos poucos. Mesmo assim, Nathália declara sentir falta de mais fundadoras de startups ou empresas no cenário brasileiro.
“Era para ter mais mulheres para trocarmos experiência. Eu gostaria que se estabelecesse essa rede de empreendedorismo feminino na minha cidade, em Brasília”.
De acordo com um levantamento feito pelo Sebrae em parceria com o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), 60% das empreendedoras iniciantes – aquelas que têm negócios com até três anos e meio – atuam em apenas seis tipos de atividades. No caso dos homens, nesta mesma fase de empreendimento, a atuação sobe para 14 áreas.
A Vanessa Guimarães vem tentando mudar isso. A empresária já atuou em nove culturas diferentes, no desenvolvimento e implementação de projetos e programas em capacitação e educação internacional. Em 2018 ela fundou a Elas Projetam, um hub de desenvolvimento profissional para mulheres em média gestão. Essa rede de treinamento e promoção feminina tem uma base de mais de seiscentas profissionais qualificadas. O objetivo é garantir visibilidade para que as profissionais consigam melhores postos de trabalho.
“Qualidade não falta no mercado dentre os perfis de mulheres. O nosso foco é trabalhar esse posicionamento profissional. Tanto o programa de desenvolvimento, quanto as nossas imersões são voltadas para o melhor posicionamento no mercado de trabalho”.
Uma pesquisa feita pela Closeer, plataforma de freelancers, 70% dos profissionais autônomos do País são do sexo feminino. O setor vem crescendo cada vez mais, principalmente, por causa da pandemia. Só no primeiro semestre de 2021 foram gerados no segmento mais de R$ 3 bilhões.
A diretora da câmara de formação profissional do Conselho Federal de Administração (CFA), Claudia Stadtlober, destaca que o empreendedorismo feminino vai aumentar com o tempo com o crescimento das redes de apoio às mulheres.
“Com o apoio das instituições, com o apoio também do próprio governo que tem potencializado o empreendedorismo de forma geral. Isso também acaba tendo impacto e melhorando o setor para todos e, principalmente, o empreendedorismo feminino”.
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FONTE: Mirian Lucena, Repórter Rádio ADM | Rodrigo Miranda, Assessoria de Comunicação CFA.