Administradora Marcela Haase
Assessora para Treinamento e Eventos do CRA-ES
Quando falamos de autoestima pensamos nos dois extremos: ou alta ou baixa. Autoestima alta se torna sinônimo de algo muito bom, de autoafirmação e autoconfiança, por exemplo. Já a baixa, está associada a questões como a falta de confiança em si mesmo e na incapacidade de realizar determinadas atividades. Mas há um conceito um pouco mais complexo e que assola uma parte considerável da população: o de autoestima frágil, quando há excesso de sensibilidade emocional resultante de carência, ciúmes ou medo do abandono.
Essa autoestima frágil conduz à autocritica árdua e a necessidade de agradar os demais, deteriorando os relacionamentos profissionais e familiares. Por isso, a maneira pela qual cada indivíduo se relaciona consigo mesmo impacta o seu nível de felicidade. Se tudo isso já é complicado em qualquer outro momento da vida imaginemos agora, em isolamento social, quando as rotinas estão alteradas e trazem, como as notícias mostram, um impacto gigantesco na saúde emocional da população.
Por isso, torna-se vital o desenvolvimento da autoestima adequada. Nem alta e nem baixa, mas capaz de nos fazer aceitar as imperfeições e nos levar à satisfação pessoal. A autoestima quando é boa consegue recuperar nossa essência, nos tornando mais confiantes e conscientes do que nos faz bem. Seguros e certos desses limites, o relacionamento com a família tende a ganhar leveza, passamos a compreender o outro e a ser estímulo para ele no lugar de ser quem sempre o puxa para baixo.
No trabalho vamos estar afinados e tranquilizados com o ritmo particular de produtividade, nos impondo sabiamente quando necessário e aceitando as críticas como aquilo que são: motivações para potencializar a jornada profissional. A autoestima adequada, boa, nos leva a entender melhor a cobrança dos líderes e a saber interpretar, muita vezes, atitudes e palavras mal empregadas. Compreendemos que o valor pessoal não está atrelado a uma gestão ruim.
A autoestima é desenvolvida a partir das relações pessoais e experiências que temos ao longo da vida. Com a redução do convívio presencial estamos online, conectados e absorvendo mais informações sobre como nos mantermos bem. Nas redes sociais, as notícias sobre saúde e bem-estar “bombam”. Como manter o corpo ideal através da prática de exercícios em casa, como cuidar melhor da pele, cabelo, alimentação e assim por diante. Consuma menos esse tipo de conteúdo. Reserve tempo para você, para o entendimento da sua história, para o resgate da sua essência, para que se sinta cada vez melhor sendo quem você é.