CRA-ES entrevistou Tecnólogo e Representante Institucional Deidiney Peçanha
O mundo enfrenta uma crise sem precedentes. A disseminação do Covid-19, e em especial a velocidade de propagação do vírus, colocou em evidência os pontos fortes e fracos do gerenciamento na saúde. O que as instituições estão fazendo de certo? Quais erros evitar?
Em entrevista exclusiva ao Conselho Regional de Administração do Espírito Santo (CRA-ES), o Tecnólogo Deidiney Peçanha, que também possui MBA em Gestão em Saúde e é pós graduado em Gestão Integrada de Qualidade em Saúde, esclarece algumas dessas questões. Confira:
CRA-ES | Um bom planejamento é eficaz para potencializar a gestão da saúde pública e minimizar os impactos da pandemia da covid-19 no sistema de saúde no Espírito Santo?
Tecgo Deidiney Peçanha | Planejamento é sempre importante para qualquer movimento realizada dentro da gestão pública e privada. A instituição consegue direcionar os esforços para as prioridades e com recurso otimizado. Quando falamos da pandemia causada pelo Covid-19 não é diferente. Os gestores devem entender que a crise na saúde e na economia do país precisa ser enfrentada com antecipação de cenários futuros e controle internos eficazes. Os controles internos são insumos e recursos financeiros bem dimensionados respeitando a saúde financeira da instituição, quando da queda de receita que por ventura possa acontecer. Existe uma grande oportunidade para profissionais criativos e com iniciativa, capaz de propor ações de curto prazo, trazendo manutenção dos serviços e produtos ofertados, sem perder qualidade.
CRA-ES | Que aprendizado a Covid-19 pode trazer para a gestão de saúde?
Tecgo Deidiney Peçanha | O maior aprendizado, no meu ponto de vista, está nas variáveis externas que as organizações públicas e privadas não conseguem enxergar durante a construção da sua estratégia, impedindo que recessões sejam vistas como oportunidade de crescimento.
CRA-ES | A saúde é um setor que necessita de gestão profissional. A gestão em saúde, conduzida por profissionais habilitados e qualificados, pode contribuir ou até mesmo evitar os problemas que a área enfrenta em todo o País?
Tecgo Deidiney Peçanha | Com certeza. Profissionais qualificados e habilitados possuem conhecimento adequado para trazer tranquilidade em momentos difíceis na área da saúde. A complexidade do setor não permite a atuação de profissionais sem qualificação e registro.
CRA-ES | Em sua visão, de que forma a atuação do profissional da administração pode contribuir para a redução de gastos com compra desnecessárias e desperdício de materiais hospitalares?
Tecgo Deidiney Peçanha | O profissional de administração deve propor duas ações de imediato. Primeiro precisa conhecer a curva ABC dos materiais hospitalares da sua instituição propondo ajuste, se necessário. Segundo, negociar materiais de acordo com a curva ABC, obtendo ganho de escala nas aquisições.