A tecnologia alterou o modo como os brasileiros investem seu dinheiro. Cerca de 45 pessoas, entre administradores, estudantes e interessados se informaram e esclareceram dúvidas sobre o mercado de finanças na palestra “Tecnologia e o Mundo dos Investimentos”, no último dia 13, na sede do CRA-ES, em Vitória.
Os palestrantes, economistas e sócios da Vértice Investimentos, Pedro Henrique Scaramussa e Wagner Leon Varejão, compartilharam um pouco sobre os efeitos colaterais provocados no mercado de investimento com o surgimento das novas tecnologias. “Estamos vivendo a quarta revolução industrial que passou a integrar todas as inovações da tecnologia, que produziram um ambiente diferente e transformaram profundamente a sociedade”, diz Wagner.
A tecnologia no mundo das finanças vem mudando o padrão de comportamento das pessoas. Exemplo disso é a redução no uso de agências, que vem sendo substituída por outras plataformas.
“Se olharmos o mercado de investimento no Brasil, 4% das pessoas que investem através de plataformas independentes, pois a grande maioria está nos grandes bancos. Se olharmos para as economias mais desenvolvidas, como Estados Unidos, tem uma relação inversa, em que 98% da população investe através dessas plataformas independentes e 2% pelos bancos. O fator agravante é que nos Estados Unidos tem muitos bancos, mais de três mil, e no Brasil poucos, e ainda assim tem uma alta concentração nesse mercado”, pondera Pedro Scaramussa.
O administrador Atos Nick Souza Batista falou da importância de se informar sobre o tema. “Como pequeno investidor tenho o objetivo a longo prazo e muitas vezes me apegava em não buscar informação. Saber que é uma coisa acessível de diversas plataformas que acessa ajuda a otimizar os recursos que administramos, como rendimentos, salários ou até mesmo os investimentos”, diz.
Para quem deseja entrar nesse mercado é essencial pesquisar, simular investimentos a partir de sites que oferecem esse serviço praticamente gratuito ou buscar uma consultoria financeira. “É uma maneira de você aprender a investir melhor”, diz Pedro Scaramussa.